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Experiencia MENDOZA

30/04/2018

Experiencia Mendoza, o egoísmo da generosidade.

O egoísmo é fator determinante no comportamento humano, ele é fator da relação consigo mesmo e de individualismo... reflete nossa necessidade de se colocar em primeiro lugar, em detrimento (ou não) do ambiente e das pessoas os quais nos relacionamos. A minha fotografia é totalmente egoísta, ela é quem manda em mim... e assim, me torna insatisfeito na sua relação direta para comigo. Ela demanda de mim determinada submissão. Pois ao passo que vem sendo construída, me toma por inteiro e não me deixa livre para outras relações... ela me consome, me sacode, me engole e me explora de tal maneira que me sinto exausto ao final de sua concepção... egoísta como é.... não me ensina seus passos, sem pausa, apenas me dita as regras que não devem ser seguidas... Afinal ela, quer aquele momento para ela, única e exclusivamente para sua satisfação... e assim, a busca “egoísta” de momentos mágicos se torna uma incessante busca por algo que não se sabe o que é... afinal, uma fotografia só existe ao passo que a vemos antes dela existir... se a vemos simplesmente ela não existiu... porque ela só pode ser vista a partir do momento que é registrada... e assim egoísta, se fecha ao seu bel prazer, nos prendendo entre nossos próprios anseios, nos deixando a deriva em um mar repleto de ilusões...(  )

Experiência Mendoza é distinta de regras, e inicia analogicamente sendo relativamente digital. Sentar e ler um jornal é algo que remonta uma outra época, assim como a receita de um bom vinho... um contexto que se apresenta cheio de segredos e de mistérios. A liberdade é sinônimo de luta, e o desafio é não seguir regras... deixar que o egoísmo nos leve a uma visão simples da complexidade que é estar afrente da fotografia. Ver antes do momento realmente acontecer... O vazio geométrico é barrado pelo mar de garrafas pet. Água que corre pelo vale, hidrata as cabras da estação abandonada... requerendo uma lapidação de tempo, espaço e deslocamento... afinal, o tempo ruge ao passo que vamos afrente em direção ao “tibete”...e assim, distintamente famintos e sem ar, seguimos ao cume que nunca chega,... trilhos e ruinas abandonadas, remontam uma época que acreditar em algo impossível era pura e simplesmente um sinônimo do egoísmo que emana da sobrevivência e da coragem humana. (  )

Não me deixo levar pelo tempo que para ao fazer um retrato na porta de um bar,... o tempo é 2018, mas não sei porque não me sinto nem um pouco no século XXI – me sinto pausado, parado em uma época em que não havia motivos para não descansar... um “Minion” me traz de volta ao futuro que rege retratos despretensiosos de quem me completa. Egoísta sou ao querer sua beleza só para mim ( ? ) ... e assim contemplo, através das lentes o que por demais, é minha eterna namorada. Seguimos afrente experimentando as experiências que cruzam nossos destinos... refletidos no descaso, alguns “desfalecidos” ao sol se tornam ruinas do que um dia eram. Ao reinarem pelas estradas de rípio do interior da Argentina, pausados no tempo... entristecem ao abandono compartilhado; e a natureza com sua exuberância, completa a cena como que nos mostrando que sim, ela é generosamente egoísta ao tomar o que já foi dela... ao emoldurar suas próprias ruinas, remonta força e sutileza ao nos dizer que é ela que manda nesse grande pequeno mundo abandonado... (  )

Utopia é a construção futurista no meio das vinhas, o vinho descansa em seu mausoléu de concreto... um templo artístico que repousam os mais belos e encorpados futuros goles de vinho. Deixando sem palavras aqueles que por demais ousam adentrar em suas entranhas conceituais... apenas nos mostram que a visão é algo que requer lapidação, coragem e muito dinheiro...  viver para ver, beber para ser... o vinho é bebida dos deuses, e por demais, justo e contínuo... é egosita para com sua fermentação. Da uva ao álcool,... a altitude deixa tudo mais tenroso... (  ) 

Adentrar no vale é algo complexo; e a energia nos esmaga em sua plenitude... amplo são os espaços vazios que silenciosamente nos mostram a insignificância que somos ao estar presente em sua singularidade. Uma energia complexa que demanda tempo para que possamos entrar em ressonância. Afinal, somos tão pequenos que um simples borrão de vento nos leva a entender que ali, quem manda é ela, a natureza. Etérea em esplendor nos cativa e nos assusta ao nos “expulsar” sem dó nem piedade. Ela é egoísta e só compartilha aquilo que é de sua natureza, a sua própria essência. O destino é na próxima curva... mas é uma curva longa e como o tempo ruge, a desistência na “meia curva” reflete o quão despreparados somos ao subestimar aquilo que nos é maior. Nosso egoísmo se transforma em nossa ruina e a honra que por demais é quista, se perde entre o vento e as pedras do vale... o sol vai se indo e o que podemos aprender com as nossas pegadas,... é que o silêncio há de nos confortar ... (  )

Sentimos na pele o egoísmo da (in)experiência e da fotografia, sentindo um (des)conforto pelo que se torna grandioso, recuamos ao nosso estado contemplativo... e por mais que a experiência fotografica continuasse sendo egoísta, ela ambiguamente se mostrava generosa. Pois seu egoísmo que lutava pelo momento único, nos comtemplava com sua versatilidade... se mostrando generosa no compartilhamento da sua essência ... e como coadjuvantes desses momentos únicos, e dessa sua busca incessante, ela simplesmente nos direcionou pelos seus próprios caminhos,... e através dessa existencialidade, concebida unicamente pelos nossos passos ... atingiu seu ápice, ao expor pura e simplesmente uma fração do que podemos reger: -  Nossas próprias Experiências.

Andre Sheffer | Abril 2018

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