… viajar é preciso. Toda vez que viajo… busco uma aproximação ao lugar que visito, uma viagem intima e interna que busca não só a beleza visual do local, mas uma viagem onde a conexão seja real e minha percepção como fotógrafo, possa registrar não só o lugar em si, mas minha presença nele. Minha interferência real e ou imaginária que como fotógrafo posso explorar desconstruindo minha própria existência nessa composta e complexa percepção. Uma viagem me permite, usar todas técnicas que conheço e mais, me permite testar meus limites, ir além,… andar na tênue linha que divide o que é belo do que é estranho aos olhos de quem desconhece sua própria transição. Talvez a desconstrução seja apenas um farelo, uma gota em um oceano de percepções… Estranhamente composta toda sequencia de imagens é cronológica, passa o dia e entra a noite, e é na construção das sombras que minha percepção sobressai é onde aqui, busquei relatar a conexão que enfim me foi exposta há dois anos atrás na primeira vez que visitamos a ilha… sim, visitamos, eu me minha ilustríssima inspiração; Paula, que me acompanha em minhas incursões mentais e fotográficas… ela me segura e me empurra, me dá corda e me instiga a ser mais do que muitas vezes me permito ser… deixo que o tempo fale, as coisas reflitam e como uma cortina q se abre… a percepção vem aflorar ao passo que o vento contorna seus cabelos… maresia que corrói o metal me enaltece com sua sutil força e grandeza… o azul que por mais se transforma em negro… deixa o dia sucumbir entre pedras brilhantes e flocos de algodão. Viver o montante de uma ilha, sentir sua energia… suas cores, sabores… odores… conhecer pessoas, viver nem que seja por um dia, como se fosse um pescador… de ilusões talvez,… enfim, minha lente, minha câmera e ela, me dão asas para brincar e se deixar viver… Vivemos talvez, para contar histórias… não minhas ou nossas, mas das pessoas que cruzam nossa conexão. Tendo uma criação intuitiva nossa intervenção é senão uma construção da nossa própria história…. Sou feliz ao passo que tenho uma pessoa especial ao meu lado… que completa não só a jornada… mas que junto, abrimos portas, janelas… e nos deixamos viver. As fotografias que aqui seguem… é uma incursão a um lugar mítico, que por demais é vivo como as cores que se escondem no preto e branco. Poesia e fotografia… vida e ilusão,…posso dizer que vivemos onde enxergamos… que criamos o que fotografamos…seja aqui ou em nosso mais íntimo interior… fotografar é como dançar ao som do vento. Ele te guia, e por mais esforço que se faça… ele que dita o caminho que se deve seguir. Navegar é preciso… fotografar é preciso, viajar é preciso. Espero que curtam!! Bjo e até a próxima!
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