... o ano passou voando, e sim... fazia tempo que eu não postava. Talvez eu também precise de um tempo para que possa assimilar tudo que vem acontecendo... Novos ares, mudanças... reformas e novos "velhos" projetos. Mudei de Estúdio, de endereço... de foco ... Minha fotografia vem em eterna mudança e o tempo é crucial para o meu entendimento dela, e para ver se ela, a fotografia que social faço, é atemporal e ou passageira. De um tempo para cá, venho notando que o imediatismo das mídias sociais, das "imagens" feitas com "mobiles" e a ansiedade generalizada que isso acarreta nos clientes e em nós profissionais. É tudo tão rápido que perde o sentido e o que era para ser um documento, algo com valor... passa a ser corriqueiro e passageiro. Eu confesso que me entristeço com a "desvalorização" da fotografia em si. Do propósito que ela traz, da sua bagagem e do seu valor para o que é e o que representa. Sendo "likeada" e passada;... não se tem mais aquele olhar distinto do que é pensado do que é apenas clicado...( ) enfim... ( ) ... mas não é para isso que vim. O post de hoje é referente a um casal especial, que me contatou sem me conhecer e por distinquir meu trabalho de uma série de outros ... Cintia e Augusto casarem em meados do ano passado e só agora, dado tempo de amadurecimento da fotografia é que me disponho a compartilhar... É agora que vejo com outros olhos o que fotografo... como conto uma história e quais fotografias são ou não fundamentais para essa construção. O Post de hoje é uma mistura do clássico, do documental e do expontâneo... é um pouco da essência do que faço e do que proponho fazer quando fotografo um casamento. Não posso pensar numa Fotografia Social (casamento) sem pensar no todo... não posso pensar no imediatismo, senão perde o sentido e passa a ser só mais um amaranhado de "imagens"... tudo isso é um grande quebra cabeças e que só torma realmente forma ao passo que juntas, compilam um relato da história. O tempo é fundamental para que a fotografia sobreviva... ela precisa em parte, ser esquecida, para que quando novamente a revelamos* (ambiguamente é claro) aos nossos olhos ela se torne um documento e não uma imagem passageira. Meu trabalho é e sera cada vez mais assim... atemporal e pausado. É preciso dar tempo à fotografia para que ela se torne valorosamente eterna e real... Grande bjo e espero que curtam!
AndreSheffer ©2019
