São Paulo saturada... viés da rua que corta minha alma;... desgasta a sola, corrói a barra,... São Paulo saturada. É conflitante o lado que nos toca em uma cidade que não para... deixo de lado as crenças e sigo a distração. É fácil compreender o que nos encanta e o que nos desnuda. Nos tira a máscara, nos mostra a ruga... viés da rua Augusta, sentido Avenida Paulista... é nos Jardins que brotam as mais lindas flores... que de pedra, sacam sua alma e desnudam o teu corpo. São Paulo saturada.... da calçada desgastada a feira que desgasta... São Paulo é mistura, é pingo de chuva é sol que alastra... a calçada não é mais pura, dorme ao leito, no pó, na rua... sentado na calçada a vida passa, e o tempo que não para, ruge a distração... é fácil cometer engano, de fato, o trãnsito, ... é competição... São Paulo é saturada. | “Qeim" somos? retrata nossa vida corrida, nosso passado dia a dia.. nossa alma desprovida... São Paulo não para para te esperar... ela desgarra sua mais pura crença de que somos imortais... deleta sua paz, enfraquece sua calma... refaz sua aura e desnuda sua angústia... São Paulo é saturada... de vida, de alma, de garra... de pedra, de lata, de salada... de fruta, de ruga, desnuda... São Paulo desnudamente pura, é saturada.
AndreSheffer ©2017
